ATAFONA
Edifício de apoio à actividade agrícola, com dois pisos, cujo nome se deve ao
engenho de moer cereais, de tracção animal (a atafona propriamente dita),
que possui, ou possuía, no piso térreo. A designação estendeu-se às construções
cuja função se limita ao armazenamento de alfaias e produtos agrícolas
e da forragem para os animais.
CASA DE DESPEJOS
Compartimento de uma construção ou construção independente destinada a
armazenar produtos da terra e pequenas alfaias ou, como acontece na maior
parte dos casos, objectos fora de uso. Esta utilização está frequentemente associada
a espaços que deixaram também de servir a função para que foram
construídos (Cf. Arquitectura Popular dos Açores, AAVV, Ordem dos
Arquitectos, Lisboa, 2000, pág. 557).
CASA RURAL
Designação utilizada para o complexo constituído, em ambiente rural, pela
casa de habitação unifamiliar e pelas construções e espaços anexos destinados
a apoiar as actividades domésticas e agrícolas.
COMBRO
Murete de reduzida altura que circunda uma eira.
COPA
Ver COPEIRA.
COPEIRA
Construção anexa ao império, ou compartimento do mesmo, onde se armazenam,
cozinham e distribuem as refeições do “bodo” nas festas do Espírito Santo.
DESPENSA
Ver COPEIRA
GATEIRA
Trapeira (janela elevada sobre o telhado) baixa e larga com uma frente triangular.
IMPÉRIO
Pequena construção que se assemelha a uma ermida, onde se realiza parte das cerimónias das festas do Espírito Santo e na qual, durante esse período, se expõem as insígnias deste culto.
LAR
Lugar do cozinha onde se acende o fogo e se cozinham os alimentos. Na versão mais elementar, corresponde a uma simples bancada de pedra (lareira, poial, ou pial) (Cf. Arquitectura Popular dos Açores, AAVV, Ordem dos Arquitectos, Lisboa, 2000, pag.558).
PALHEIRO
Edificação de apoio às actividades agro-pecuárias destinada ao armazenamento de alfaias e produtos agrícolas e da forragem para os animais.
Frequentemente inclui um espaço próprio para abrigar o carro de bois.
POÇO BATIDO
Cisterna quadrangular ou rectangular, construída em alvenaria de pedra, com um depósito ovalado semi-enterrado, rebocado interiormente com argamassa de barro, cuja cobertura abobadada provoca na superfície exterior um dorso longitudinal. A recolha da água das chuvas faz-se por meio de orifícios nas abas que ladeiam o dorso. O acesso à água da cisterna faz-se através de uma abertura num dos topos.
RUA DO ESTERCO
Pequeno recinto delimitado por um murete, junto à parede exterior da atafona ou do palheiro, destinado a depósito de estrume.
TORRE
Espécie de trapeira (janela elevada sobre o telhado) de grandes dimensões destinada a iluminar e ampliar o sótão, por vezes atravessando toda a cobertura desde a fachada ao tardoz, construída total ou parcialmente em madeira e possuindo telhado próprio de duas ou quatro águas.
TORREÃO
Volume elevado sobre a cobertura de um imóvel, de planta quadrangular ou rectangular e altura correspondente a um piso, construído em alvenaria e possuindo telhado próprio de quatro águas.
TORRINHA
Ver TRAPEIRA.
TRAPEIRA
Conjunto constituído por uma janela vertical elevada sobre o telhado e pela estrutura (paredes e cobertura) que permite utilizá-la.
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